DESILHA 2021

3º Seminário de pesquisas em arte e cidade_DESILHA 2021: PAISAGENS MINERAIS
10.06.2021, 17h30

Apresentação e mediação: André Leal

As pedras são elementos inertes produzidos nas profundezas da crosta terrestre, produto do tempo profundo da geologia. Ao emergirem, são transformadas pela ação humana e convertidas nos materiais que são a base de nossa sociedade. Como acessar as histórias que se depositam nas camadas minerais sobre as quais caminhamos cotidianamente? Como narrar as histórias inscritas nas pedras, em determinados sítios, nos caminhos que traçamos? Esses são alguns dos temas e questões que nortearão as apresentações que de diferentes maneiras reviram e deslocam essas paisagens minerais. Nas práticas de Mabe Bethônico, Claudia M. Plens, Flora Dias, Barbara Marcel e Tom Nóbrega residem exercícios de tornar visíveis as camadas subterrâneas que compõem o presente.


Barbara Marcel e Tom Nóbrega
Conversa sobre o projeto artístico "Blue Canary, Golden Tone" (Canário Azul e Tom de Ouro)

“Blue Canary, Golden Tone” (Canário Azul, Tom de Ouro) é uma vídeo-instalação sobre pássaros canários, a domesticação de minas e a desnaturalização da natureza. O projeto vem de uma pesquisa sobre a paisagem histórica e cultural das montanhas do Harz, na Alemanha, onde muitas das tecnologias de extração de solo mineral foram desenvolvidas e depois exportadas para diversas partes do planeta. De forma ensaística, o vídeo reflete sobre as interseções do passado, presente e futuro desta paisagem antropogênica, através da história particular da domesticação, reprodução e comércio de pássaros canários na região. Em um conjunto de vídeos feitos de mãos e máquinas, prata e serinetes, colinas contaminadas de metais pesados e árvores de pinheiros caídos, passeios turísticos e entrevistas íntimas, a paisagem icônica do Harz alemão revela gradualmente suas muitas camadas híbridas, dando lugar a um campo aberto de voos sônicos potencialmente transformadores.

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BÄRENZWINGER - TAZ

09.06.2021 "Pessoas e Montanhas e Animais", artigo do jornal alemão TAZ - Die Tageszeitung sobre a exposição duo BIRDS AND BUOYS no Bärenzwinger Berlin.


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A exposição duo BIRDS AND BUOYS, com trabalhos de Nadja Abt e Barbara Marcel, reúne duas pesquisas artísticas complexas e de longa data, que lidam com a questão do trabalho transatlântico e com a história cultural das navegações e da mineração a partir das perspectivas queer e feminista. Juntas, as produções abordam a arquitetura e a história do Bärenzwinger – construção que sedia a exposição –, bem como de sua vizinhança.

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BÄRENZWINGER - ARTIST TALK COM PAZ GUEVARA

28.04.2021, artist talk com Paz Guevara sobre a exposição duo BIRDS AND BUOYS no Bärenzwinger Berlin com trabalhos de Nadja Abt e Barbara Marcel.


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Em 28 de abril de 2021, das 18h30 às 20h, Bärenzwinger convidou o público para uma artist talk virtual sobre a exposição BIRDS AND BUOYS. As duas artistas participantes, Nadja Abt e Barbara Marcel, falaram de suas abordagens individuais e apresentaram um pouco das pesquisas de longa data que formaram a base de seus trabalhos em exposição no Bärenzwinger. Abt e Marcel vêm trabalhando há muitos anos, independentemente uma da outra, com a história transatlântica do trabalho e da cultura nas navegações e na mineração, respectivamente.

Juntamente com a curadora, pesquisadora e autora Paz Guevara e a curadora da exposição Katja Kynast, elas exploraram as conexões entre suas obras artísticas e questionaram as formas como se relacionam com a arquitetura e a história do Bärenzinger e sua vizinhança imediata, incluindo o porto histórico, o Marinehaus (antigo clube da Marinha Imperial) e a Embaixada do Brasil.

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SÜDSTELLIUM - TAZ

26.04.2021 “O que está nas estrelas”, matéria do jornal alemão TAZ - Die Tageszeitung sobre o projeto Südstellium.

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O projeto de exposição SÜDSTELLIUM inclui intervenções artísticas em três painéis localizados na estação de metrô U1 Kottbusser Tor e começa na Gallery Weekend Berlin. Os artistas Ana Hupe, Barbara Marcel e Matheus Rocha Pitta, que vivem em Berlim, alugaram os painéis da plataforma por 20 dias para entregar mensagens dos céus do sul global que não são tão evidentes a partir de Berlim.


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ZKM - TERRESTRIAL UNIVERSITY

Terrestrial University: Ciné-Cipó – Cine-Liana at Amazon Tall Tower Observatory
Barbara Marcel em conversa
Quinta-feira, 08.10.2020, 19h



A impenetrável extensão da floresta amazônica e a proximidade de ondas sonoras localmente acessíveis de uma estação de rádio comunitária, conhecimento científico e conhecimento tradicional, processos globais e regionais - o trabalho artístico de Barbara Marcel é uma tentativa de sensibilizar as pessoas para a complexa interação dos processos de vida na região amazônica.

A floresta tropical amazônica é de importância global: ela produz grande parte do oxigênio do planeta, filtra e reprocessa o nocivo dióxido de carbono do mundo, tem impacto no ciclo da água que afeta os ciclos oceânicos e estabiliza o clima. Localizada no meio da floresta amazônica, o Observatório da Torre Alta da Amazônia (ATTO) tem como objetivo estudar as interações entre a floresta, os solos e a atmosfera da região, a fim de compreender o papel da bacia amazônica para o sistema terrestre. A torre faz parte de uma cooperação internacional entre Brasil e Alemanha, construída e financiada pelo INPA (Instituto de Pesquisas Amazônicas) e pelo Instituto Max-Planck.

No projeto artístico "Ciné-Cipó - Cine-Liana" (2020) a artista brasileira Barbara Marcel propõe uma transformação temporária da torre em um espaço de trabalho de rádio comunitária para uma peça colaborativa entre cientistas naturais e duas ativistas locais e comunicadoras populares da Reserva Extrativista do rio Tapajós-Arapiuns (Resex Tapajós-Arapiuns). Os resultados científicos e os saberes tradicionais são colocados em relação, formando uma aliança para a defesa da biodiversidade amazônica. Os dados atmosféricos e terrestres são traduzidos em comunicação popular através de um programa de rádio com anúncios, entrevistas e canções. Durante o processo, evidências científicas e conhecimentos ancestrais por vezes se cruzam e ocasionalmente se desconectam, enquanto a comunidade científica escuta e também aprende mais sobre as lutas em defesa dos territórios e da subsistência local das populações amazônicas, desmistificando suposições universalizantes.

A conversa entre a artista e a curadora, Bettina Korintenberg, se concentrará no processo de desenvolvimento da investigação artística em torno dos encontros com os cientistas e as ativistas locais que sensibilizam para a complexidade e heterogeneidade de uma interação de processos de vida na Amazônia para além dos conceitos definidos de natureza, meio ambiente e crise climática.

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