TROPIC MATTERS

Exposição Solo na galeria V240 em Amsterdã em fevereiro de 2017. A exposição era composta de duas vídeo-instalações e um Monitor HD. Arara (2017, Berlim, vídeo, cor, áudio, 9min36s, Full formato HD), The open Forest (2017, Manaus / Berlin, vídeo, cor, áudio, 21min17s, Full formato HD)e Tropic Matters (Documentário parte do arquivo British Pathé, 1911, vídeo, PB, mudo, 2min28s).

TROPIC MATTERS faz parte de uma pesquisa em andamento, que inclui o primeiro vídeo-ensaio de Marcel "Victoria Amazonica" (2015-16) e o novo trabalho entitulado "The open forest" (2017), um composto de imagens encontradas e produzidas sobre a floresta amazônica, enquanto uma paisagem imperialista e desenvolvimentista. Tomando a paisagem como um meio cultural que não apenas simboliza relações de poder mas também é ela mesma, um instrumento e agente de poder, as instalações de vídeo refletem histórias de acesso, enquadramento e consumo da floresta, bem como seus complexos emaranhados de tecnologias humanas e recursos naturais.

Após uma residência artística na Reserva Adolpho Ducke do INPA, um dos espaços mais importantes para a pesquisa científica na Amazônia brasileira, os encontros de Marcel na floresta ecoam a tentativa de desmistificar um imaginário colonizado e suas assombrosas consequências. Mobilizando conhecimento local e global, o trabalho decodifica expectativas, deslocando escalas em busca de legados em extinção.



TROPIC MATTERS traça uma rota entre o fósforo no deserto do Saara até os áridos solos da Amazônia, dos efeitos estufa e suas arquiteturas às origens da expansão biológica européia nos trópicos do "Novo Mundo", desde as linhas de navegação comercial da borracha até a trépida música pop do brega pelas ruas de Manaus, cidade com uma zona franca próxima à floresta e que abriga grandes pólos de produção tecnológica construídos durante a ditadura militar brasileira.

Em uma assemblagem processual feita de mãos e máquinas, dados e poeira, o espaço expositivo desdobra-se em conexões ambientais de múltiplas perspectivas, investigando como e com quem podemos entrar, ver e conhecer a floresta amazônica, seus seres interligados e suas histórias de resistência.














































© 2021 Barbara Marcel