SÜDSTELLIUM
20.04.2021-20.05.2021, Berlim. Intervenção artística nos outdoors da estação de metrô U1 Kottbusser Tor (Kreuzberg - Berlim)
20.04.2021-20.05.2021, Berlim. Intervenção artística nos outdoors da estação de metrô U1 Kottbusser Tor (Kreuzberg - Berlim)
O projeto Südstellium foi selecionado pelo Project Funding Friedrichshain-Kreuzberg 2020-21 e apoiado pelo fundo estatal cultural e artístico da cidade de Berlim.
Para o Galery Weekend Berlin, três artistas brasileiros vivendo em Berlim ocuparam outdoors no metrô U1 em colaboração com artistas no Brasil.
Com SÜDSTELLIUM, os artistas Ana Hupe, Barbara Marcel e Matheus Rocha Pitta iniciaram uma potente cooperação com o Brasil e abriram o espaço urbano de Berlim para uma intervenção artística inusitada. O projeto de exposição incluiu intervenções artísticas em três painéis localizados na estação de metrô U1 Kottbusser Tor e começou na Gallery Weekend Berlin. Os artistas Ana Hupe, Barbara Marcel e Matheus Rocha Pitta, que vivem em Berlim, alugaram os painéis da plataforma por 20 dias para entregar mensagens dos céus do sul global que não são tão evidentes a partir de Berlim. Um stellium é uma coleção de estrelas ou corpos celestes; o termo stellium do sul é uma invenção que usa termos da astronomia, astrologia e geopolítica. Como invenção poética, SÜDSTELLIUM é um termo prospectivo e não descritivo: quando olhamos para o céu, projetamos nossas preocupações terrestres sobre ele, por exemplo, atribuindo figuras como constelações.
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As colaborações propostas por SÜDSTELLIUM revelam, através da arte, pedaços da situação atual de territórios remotos. A idéia de como a primeira imagem do buraco negro foi captada em abril de 2019 orientou o conceito destes diálogos artísticos. Seis observatórios astronômicos, cada um localizado em um país diferente, foram alinhados e tiraram uma foto cada um de uma parte do buraco negro. Centenas de terabytes foram gerados e trazidos em HDs para um laboratório na Alemanha, onde as peças foram ligadas para formar uma imagem completa deste fenômeno cosmológico. O objeto misterioso descrito por Einstein em 1916 foi tornado acessível pela primeira vez aos nossos olhos. Até então, ele só existia no plano teórico. Dada sua distância da Terra, seria necessário capturar sua imagem com uma lente do mesmo diâmetro que o nosso planeta. Entretanto, através de uma orquestração de sete telescópios ao redor do globo, uma imagem de sua evidência foi finalmente possível. Esta descoberta é tomada pela SÜDSTELLIUM como um paradigma do poder da colaboração e da produção de alianças. Todos olhamos para o mesmo céu, naturalmente usando lentes diferentes, mas ainda temos algo que nos une a todos, horizontes possivelmente comuns.
Clique aqui para ler o artigo sobre o projeto publicado no jornal alemão taz - die Tageszeitung.


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
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