TERRITORIES OF KNOWLEDGE
Abril + setembro de 2024, Residência de pesquisa artística/transmídia da artista, cineasta e pesquisadora Barbara Marcel e da jornalista e pesquisadora transmídia Camila Nobrega, entre Belém do Pará (Brasil) e Berlim (Alemanha) em colaboração com a Spore Initiative.
Abril + setembro de 2024, Residência de pesquisa artística/transmídia da artista, cineasta e pesquisadora Barbara Marcel e da jornalista e pesquisadora transmídia Camila Nobrega, entre Belém do Pará (Brasil) e Berlim (Alemanha) em colaboração com a Spore Initiative.
Durante uma residência de pesquisa no estado brasileiro do Pará, seguida de uma pesquisa adicional na Alemanha, o projeto começa investigando os processos de preparação de diferentes grupos da sociedade civil local e internacional para sediar a Conferência do Clima da ONU COP30, que ocorrerá em 2025 pela primeira vez na região amazônica. O projeto tem como ponto de partida a COP, suas possibilidades de encontros para aprendizagem situada e a promoção de debates críticos de repercussão global, a fim de refletir coletivamente sobre questões como justiça socioambiental e climática.
A Amazônia é um território-chave na história dos processos coloniais na formação de um sistema mundial moderno baseado na exploração de culturas naturais, subjugando povos e espécies que há séculos cultivam relações de co-dependência, especialmente no sul global. O Brasil é o país com a maior área da Amazônia, equivalente a cerca de 60% da maior floresta tropical do planeta. A importância de respeitar os territórios e os povos da região, bem como a necessidade de desvendar as estruturas de poder transnacionais que reproduzem as colonialidades, é fundamental para o debate sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Por todas essas razões, a pesquisa acompanha os preparativos para a COP30 e os debates internacionais sobre práticas para possíveis futuros do planeta, com atenção especial aos desafios contemporâneos, incluindo conflitos resultantes da implementação de megaprojetos desenvolvimentistas mais contemporâneos, extração ilegal de madeira, mineração, apropriação de terras, entre outros processos transnacionais.
Com base em seus próprios métodos de pesquisa artística e jornalismo investigativo, as pesquisadoras pretendem contribuir para espaços de troca de conhecimento, partindo das noções de território, terra, água e convivência – quatro palavras que têm significados diferentes em contextos distintos. Portanto, a ideia é dar visibilidade aos processos em andamento no contexto local e criar novos espaços além das fronteiras entre o Brasil e a Alemanha, revelando conflitos, mas também abrindo possibilidades de colaboração com base na compreensão e no respeito a diferentes posicionamentos. A pesquisa será conduzida em diálogo com comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e outras comunidades amazônicas, especialmente redes e coletivos de artistas, jornalistas, pesquisadores e ambientalistas da região, bem como grupos que trabalham transnacionalmente, revelando colonialidades passadas e em curso.
O projeto é apoiado pela Spore Initiative, que facilita projetos culturais na interseção de justiça climática, regeneração ecológica e educação, em diálogo com protetores da terra no Sul Global e no Norte Global.
Link para o projeto no site da Spore.
SINEMA TRANSTOPIA
Junho 2023. Wissensketten #3: Amor Rojo. Moderation of the talk with Rike Frank and Dora Garcia after the exhibition of the film Amor Rojo, by Dora García. Berlin, Germany.
Junho 2023. Wissensketten #3: Amor Rojo. Moderation of the talk with Rike Frank and Dora Garcia after the exhibition of the film Amor Rojo, by Dora García. Berlin, Germany.
Wissensketten (Correntes de conhecimento) é uma colaboração entre o Programa de Bolsas de Pesquisa Artística de Berlim e o SİNEMA TRANSTOPIA. O programa público contribui para o desenvolvimento contínuo de práticas baseadas em pesquisa artísticas, seus fundamentos e formas de mediação. O programa responde, assim, à crescente importância da arte para o conhecimento na sociedade e às formas independentes de formação de conhecimento.
O terceiro evento incluiu a exibição de Amor Rojo, filme de Dora García, seguido de uma conversa com Rike Frank, moderada pela bolsista Barbara Marcel.
Clique aqui para mais informações sobre o filme e o evento.
IMAGINÁRIOS COMUNS
4º Seminário de Pesquisas em Arte e Cidade - Desilha 2024, Proposição: Livia Flores, André Leal, Barbara Marcel e Raquel Versieux. Organização e produção: Livia Flores, André Leal, Barbara Marcel e Giovanni Festa. Realização: grupo de pesquisa Atotalidade (CNPq); Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
4º Seminário de Pesquisas em Arte e Cidade - Desilha 2024, Proposição: Livia Flores, André Leal, Barbara Marcel e Raquel Versieux. Organização e produção: Livia Flores, André Leal, Barbara Marcel e Giovanni Festa. Realização: grupo de pesquisa Atotalidade (CNPq); Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O Colóquio Internacional Imaginários Comuns convoca pesquisas para as quais a ideia de cinema é produtiva como modo de operação que tende ao coletivo, possibilitando a instauração de imaginários comuns. Deslocando o interesse da recepção para a produção, consideramos que o filme pode aglomerar interações já existentes no território, surgindo como suplemento de visibilidade para processos sociais e artísticos interessados em colaboração. Aproximando-se das chamadas práticas artísticas baseadas em comunidade, a tela se torna uma interface porosa, incorporando o que não é imediatamente visível à textura fílmica. Entre montagem e mise-en-scène, o território, a locação e o set intercambiam posições, constituindo-se como experiência situada em que as diferenças podem ter lugar.
O Colóquio reúne pesquisadoras e pesquisadores em arte, filosofia, literatura e cinema atuantes no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Itália, e que têm por foco experiências latino-americanas. Realizado de forma presencial no Centro de Cultura da Justiça Federal nos dias 21 e 28 de maio e na Cinemateca do Museu de Arte Moderna de 22 a 24 de maio, ambos na cidade do Rio de Janeiro, sua programação inclui mostra de filmes relacionados às pesquisas apresentadas. Proposição elaborada por artistas e pesquisadores do grupo de pesquisa Atotalidade, Imaginários Comuns é uma realização do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e conta com recursos da Capes (Proex e PrInt).
Festival ¡PROTAGONISTAS! no HAU
2023, Berlim, Alemanha. Festival ¡PROTAGONISTAS! Beyond Equality: Feminisms Reclaiming Life - An Internationalist Gathering. Com curadoria de Firoozeh Farvardin, Barbara Marcel, Camila Nobrega, Bahar Oghalai, Bafta Sarbo, Elif Sarican e Margarita Tsomou. No teatro HAU - Hebbel am Ufer.
2023, Berlim, Alemanha. Festival ¡PROTAGONISTAS! Beyond Equality: Feminisms Reclaiming Life - An Internationalist Gathering. Com curadoria de Firoozeh Farvardin, Barbara Marcel, Camila Nobrega, Bahar Oghalai, Bafta Sarbo, Elif Sarican e Margarita Tsomou. No teatro HAU - Hebbel am Ufer.
Moderação do painel de discussão “Against Capitalism and its Extractivisms: From Community Feminism to Territorial Cuerpo-Tierra from Territorial Community Feminism and Agroecology in Abya Yala (Latin America)” Com: Lorena Cabnal, Carmen Cariño, Miriam Nobre, Louise Wagner / Moderação: Barbara Marcel, Camila Nobrega.
SITUATED KNOWLEDGES, GLOBAL ECOLOGIES
2-4.09.2019 em NGBK e Prinzessinnengarten Berlin.
2-4.09.2019 em NGBK e Prinzessinnengarten Berlin.
CONHECIMENTO SITUADO / ECOLOGIAS GLOBAIS: Um Walkshop Ramble Colaborativo foi um projeto de três dias sobre justiça sócio-ecológica, iniciado pela artista Barbara Marcel e pela jornalista Camila Nóbrega, que aconteceu entre 2 e 4 de setembro no espaço Prinzessinnengarten, em Berlim. O projeto reuniu cientistas e bolsistas da Fundação Heinrich-Böll com ativistas ambientais, jornalistas e artistas, para um formato experimental de intercâmbio de conhecimentos. Os principais temas foram orientados por diferentes entendimentos do que tem sido chamado de ecologia e da dinâmica global de produção de conhecimento e narrativas sobre os territórios, buscando visões decoloniais e antipatriarcais.
Como um debate de encerramento em colaboração com o projeto "Licht Luft Scheiße. Perspektiven auf Ökologie und Moderne", o diálogo foi aberto ao público, com a participação dos participantes do workshop e a presença da agricultora e pesquisadora urbana brasileira Sílvia Baptista, líder representativa da luta pelos direitos da terra no Brasil. O debate foi mediado por Barbara Marcel e Camila Nóbrega, focalizando as narrativas em curso sobre os conflitos sócio-ambientais no Brasil e a situação de luta dos diversos movimentos sociais e povos da floresta, não só pelo direito à terra, mas pelo direito à subsistência, a práticas comunitárias e a imaginários comuns. De uma perspectiva local-global e refletindo sobre o que foi produzido ao longo do workshop, o objetivo foi discutir as assimetrias relacionadas ao direito à terra e, simultaneamente, à produção de discursos. O papel do patriarcado e da colonialidade na organização de órgãos e territórios esteve no centro da discussão.
Vídeo-documentação do debate de encerramento: